Eduardo Amorim; Eduardo Fernandez. 2021. Jacaranda mutabilis (Bignoniaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie não endêmica do Brasil (Gentry, 1992, Lúcia G. Lohmann, comunicação pessoal, 2020), no Brasil apresenta a seguinte distribuição: no Distrito Federal — no município Brasília —, no estado de Goiás — nos municípios Goiânia, Jataí e Serranópolis —, no estado do Mato Grosso — nos municípios Barra do Garças, Campinápolis, Nova Xavantina, Rondonópolis e Sapezal —, no estado do Mato Grosso do Sul — nos municípios Aquidauana, Bataguassu, Campo Grande, Coxim, Sonora e Três Lagoas —, no estado de Minas Gerais — nos municípios Itabirito, Ituiutaba, Mato Verde, Moeda, Ouro Preto e Poços de Caldas —, no estado do Paraná — nos municípios Campo Mourão, Diamante do Norte e Tuneiras do Oeste —, e no estado de São Paulo — nos municípios Assis, Guaira, Mogi Guaçu, Paraguaçu Paulista, Platina e Sete Barras.
Árvore com até 6 m de altura, não endêmica do Brasil (Gentry & Morawetz, 1992, Lúcia G. Lohmann, comunicação pessoal, 2020). No Brasil apresenta distribuição no Distrito Federal, em diversos municípios dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Ocorre no Cerrado e Pantanal, em Cerrado (lato sensu) (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). Apresenta EOO= 1138123km², constante presença em herbários e coletas recentes (2015). A espécie poderia ser considerada Em Perigo de extinção pelo critério B2, entretanto EOO supera muito o limiar para categoria de ameaça, registros em Unidades de Conservação de Proteção Integral e ainda, não possui especificidade de habitat. Adicionalmente, não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua perpetuação na natureza. Assim, foi considerada como Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando ações de pesquisa (tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.
Descrita em: Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 9, 60, 1910. É afim de J. caroba, mas difere pelos folíolos mais acuminados, geralmente mais estreitos, frequentemente visivelmente dentados, inflorescência mais congestionada, sempre puberulosa, geralmente de ramos mais velhos sem folhas, e cálice consistentemente puberuloso (Gentry, 1992). Popularmente conhecida como Caroba (Lúcia G. Lohmann, comunicação pessoal, 2020).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1.1 Housing & urban areas | habitat | past,present,future | national | very high |
A evolução da população e a densidade demográfica na área do Cerrado Brasileiro tem valores baixos, se comparado ao restante do país, porém são crescentes (Santos et al., 2010). Em Brasília, o censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE apontou 444,07 pessoas por quilômetro quadrado (IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2013). Com a transformação do uso do solo em Brasília (DF), que possui no total de 577997 ha, restaram 49% de áreas naturais, no qual formam um mosaico composto por áreas de infraestrutura urbana (8%) (Mapbiomas, 2019). Em Ouro Preto, no estado de Minas Gerais, onde o crescimento urbano somado à falta de planejamento da ocupação do meio físico, geram grandes problemas aos ecossistemas naturais (Sobreira e Fonseca, 2001). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.3 Indirect ecosystem effects | 1.3 Tourism & recreation areas | habitat | past,present,future | regional | high |
Os problemas ambientais do ecoturismo praticado em Lavras Novas estão sendo potencializados, devido à atividade não ter sido planejada e tão pouco disciplinada, isto pelo fato de se ter comprovado, através de observação in loco e de relatos dos diferentes atores sociais envolvidos, a ocorrência de muitos problemas ambientais de ordem física, biótica e antrópica. Essa situação ocorre pela falta de planejamento e ordenamento da atividade, certamente devido à ausência de uma política pública eficaz para o setor turístico no Município de Ouro Preto (Gomes et al., 2003). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | regional | very high |
Os municípios de Assis (SP), Brasília (DF), Campinápolis (MT), Campo Grande (MS), Campo Mourão (PR), Diamante do Norte (PR), Ituiutaba (MG), Jataí (GO), Mogi Guaçu (SP), Nova Xavantina (MT), Paraguaçu Paulista (SP), Platina (SP), Rondonópolis (MT), Sapezal (MT), Serranópolis (GO), Sonora (MS) e Tuneiras do Oeste (PR) possuem, respectivamente, 64,75% (29824ha), 28,35% (163304ha), 5,9% (35270ha), 11,74% (94889ha), 95,68% (71722ha), 20,67% (5021ha), 24,16% (62761ha), 74,92% (537500ha), 22,02% (17900ha), 13,74% (75960ha), 63,33% (63429ha), 82,6% (27050ha), 25,73% (120580ha), 49,93% (680198ha), 12,03% (66500ha), 23,31% (97557ha) e 44,1% (30818ha) de seus territórios convertidos em áreas de culturas agrícolas, segundo dados de 2018 (IBGE, 2020). O município de Sapezal (MT) possui 12,35% (168198ha) do seu território convertido em áreas de cultivo de algodão, segundo dados de 2018 (IBGE, 2020a). Os municípios de Assis (SP), Diamante do Norte (PR), Ituiutaba (MG), Mogi Guaçu (SP), Paraguaçu Paulista (SP), Platina (SP) e Tuneiras do Oeste (PR) possuem, respectivamente, 25,46% (11728ha), 5,38% (1307ha), 10,01% (26000ha), 9,84% (8000ha), 53,42% (53500ha), 27,48% (9000ha) e 17,17% (12000ha) de seus territórios convertidos em áreas de cultivo de cana-de-açúcar, segundo dados de 2018 (IBGE, 2020b). Os municípios de Assis (SP), Brasília (DF), Campo Mourão (PR), Diamante do Norte (PR), Jataí (GO), Mogi Guaçu (SP), Platina (SP), Rondonópolis (MT), Sapezal (MT), Sonora (MS) e Tuneiras do Oeste (PR) possuem, respectivamente, 17,59% (8100ha), 11,04% (63600ha), 7,6% (5700ha), 6,48% (1574ha), 30,11% (216000ha), 6,89% (5600ha), 25,35% (8300ha), 6,4% (30000ha), 10,28% (140000ha), 6,7% (28035ha) e 5,03% (3515ha) de seus territórios convertidos em áreas de cultivo de milho, segundo dados de 2018 (IBGE, 2020c). Os municípios de Assis (SP), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Campo Mourão (PR), Diamante do Norte (PR), Ituiutaba (MG), Jataí (GO), Nova Xavantina (MT), Platina (SP), Rondonópolis (MT), Sapezal (MT), Serranópolis (GO), Sonora (MS) e Tuneiras do Oeste (PR) possuem, respectivamente, 19,32% (8900ha), 12,41% (71500ha), 7,79% (63000ha), 62,7% (47000ha), 6,27% (1524ha), 8,08% (21000ha), 39,73% (285000ha), 10,85% (60000ha), 26,87% (8800ha), 18,14% (85000ha), 26,06% (355000ha), 5,07% (28000ha), 13,5% (56500ha) e 15,02% (10500ha) de seus territórios convertidos em áreas de cultivo de soja, segundo dados de 2018 (IBGE, 2020d). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.2.3 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | national | medium |
Os municípios Mogi Guaçu (SP), Poços de Caldas (MG) e Três Lagoas (MS) possuem, respectivamente, 12,7% (10322ha), 13,22% (7230ha) e 25,74% (263000ha) de seus territórios convertidos em áreas de silvicultura, segundo dados de 2018 (IBGE, 2020). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1 Ecosystem/community stresses | 2.3.3 Agro-industry grazing, ranching or farming | habitat | past,present,future | national | very high |
A ocupação do Cerrado pela atividade pecuária se deu a partir da década de 1920. Mais tarde, com incentivos do governo federal, a atividade pecuária iniciou o processo de ocupação e conversão do Cerrado em pastagens (Klink e Moreira, 2002, Sano et al., 2008). Desde então, a pecuária passou a ocupar extensas áreas e estabeleceu-se como uma das principais atividades econômicas no país (Sano et al., 2008), recebendo cada vez mais subsídios governamentais, tais como, a criação do Conselho para o Desenvolvimento da Pecuária (Rachid et al., 2013). No início, a pecuária beneficiou-se de gramíneas nativas (Silva et al., 2015) e posteriormente o uso de tecnologias e a introdução de gramíneas exóticas para melhoramento das pastagens contribuíram para o sucesso da atividade no Cerrado (Ratter et al., 1997), sendo a região responsável por 41% do leite e 40% da carne bovina produzida no Brasil (Pereira et al., 2012). As pastagens cultivadas ocupam cerca de 26,5% do território e representam o principal uso do solo do Cerrado (Sano et al., 2008). Além dos impactos do gado sobre a vegetação nativa, a atividade pecuária historicamente está associada às queimadas realizadas para renovação da pastagem para o gado (Kolbek e Alves, 2008, Silva et al., 2015), as quais muitas vezes fogem de controle e tornam-se grandes incêndios (Verdi et al., 2015). A produção de carne e de leite tem crescido consideravelmente no Brasil nas últimas décadas, atingindo, em 2018-19, ca. 26 milhões de toneladas e 34,4 bilhões de litros, e a previsão oficial é de que ambas atividades deverão crescer, respectivamente, a uma taxa anual de 3,0% e a entre 2,0 e 2,8% nos próximos 10 anos (MAPA, 2019). Atualmente, o Pantanal sofre com a conversão de habitat pela agropecuária, base da economia na região, que ocorre tanto nos planaltos adjacentes como na planície, sendo a pastagem sua forma mais usual e intensa (WWF 2016, Joly et al., 2019). A criação extensiva de gado para corte é a principal atividade executada, uma vez que a agricultura é pouco recomendada, devido principalmente às enchentes periódicas e aos solos pouco férteis. Em geral, a pecuária nessa região não apresenta tratos culturais específicos, ocasionando degradação do solo, principalmente erosão e compactação, além de incêndios, queimadas e desmatamentos para estabelecimento de pastagens (Harris et al., 2005). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | national | high |
Os municípios Aquidauana (MS), Assis (SP), Barra do Garças (MT), Bataguassu (MS), Brasília (DF), Campinápolis (MT), Campo Grande (MS), Coxim (MS), Diamante do Norte (PR), Goiânia (GO), Itabirito (MG), Ituiutaba (MG), Jataí (GO), Mato Verde (MG), Moeda (MG), Mogi Guaçu (SP), Nova Xavantina (MT), Ouro Preto (MG), Paraguaçu Paulista (SP), Platina (SP), Poços de Caldas (MG), Rondonópolis (MT), Sapezal (MT), Serranópolis (GO), Sonora (MS), Três Lagoas (MS) e Tuneiras do Oeste (PR) possuem, respectivamente, 33,17% (562877,4ha), 11,91% (5482,9ha), 38,81% (352409,2ha), 54% (130534,6ha), 17,05% (98530,9ha), 29,47% (176285,4ha), 61,01% (493728,5ha), 59,18% (379309,5ha), 47,11% (11441,9ha), 26,15% (19056,3ha), 11,56% (6270,8ha), 40,44% (105059,7ha), 31,7% (227454,5ha), 56,64% (26749,6ha), 30,97% (4803,3ha), 8,61% (7000,4ha), 50,59% (279759ha), 11,39% (14188,3ha), 14,3% (14313,1ha), 11,26% (3687,2ha), 25,79% (14098,4ha), 44,8% (209952,4ha), 6,41% (87357,8ha), 50,97% (281720,2ha), 38,31% (156122,3ha), 53,37% (544730,8ha) e 21,44% (14985,7ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2018 (Lapig, 2020). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | needed |
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Campinas - 18 (MG), Território Espinhaco Mineiro - 10 (MG). |
Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental da Bacia dos Ribeirões do Gama e Cabeça de Veado, Área de Proteção Ambiental do Planalto Central, Área de Proteção Ambiental Sul-Rmbh, Estação Ecológica de Mogi-Guaçu, Estação Ecológica do Caiuá, Parque Estadual Carlos Botelho e Reserva Biológica do Guará. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |